Uso de canetas emagrecedoras em atletas
Pela Dra. Gabriela Prado
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Uso das chamadas “canetas emagrecedoras” entre atletas
Pela Dra. Gabriela Prado
No final da edição você encontra o áudio original da Dra. Gabriela Prado ;)
Uso das chamadas “canetas emagrecedoras” entre atletas
Resumo 👇
O termo “caneta” banaliza o fato de que são medicamentos, com indicações e riscos específicos.
Elas reduzem o apetite e a ingestão calórica, mas também mexem no sistema nervoso autônomo, elevando a frequência cardíaca e reduzindo a recuperação.
Alteram o metabolismo energético: o corpo passa a usar mais gordura e menos carboidrato, o que pode reduzir potência e desempenho em intensidades altas.
A perda de peso vem em parte da massa muscular, o que prejudica força e eficiência.
A baixa ingestão energética pode causar RED-S, com impacto hormonal (amenorreia nas mulheres, queda de testosterona nos homens).
A WADA já monitora substâncias como a semaglutida por possível influência na performance.
Uso deve ser sempre acompanhado por equipe multiprofissional — nunca por conta própria.
Conteúdo completo 👇
Nos últimos meses, o uso de medicações originalmente indicadas para obesidade e diabetes tipo 2 — as chamadas “canetas emagrecedoras” — tem se tornado cada vez mais comum entre atletas amadores.
Mas o que acontece quando o objetivo deixa de ser apenas perda de peso e passa a ser performance?
Por que atletas estão usando essas medicações?
O principal motivo é o desejo de melhorar a relação peso/potência, um parâmetro crucial em modalidades como corrida, ciclismo e triatlo.
A ideia é que, com menos peso, o desempenho aumente.
Porém, o que muitos ignoram é que essas drogas atuam além do apetite: elas interferem diretamente no sistema nervoso autônomo e no metabolismo energético.
Efeitos no sistema nervoso e na recuperação
Essas medicações aumentam a atividade do sistema simpático (o que “acelera” o corpo) e reduzem a do sistema parassimpático (que regula o descanso e recuperação).
Na prática, o corpo fica em estado de alerta constante — com frequência cardíaca elevada, pior recuperação (queda da variabilidade da frequência cardíaca, HRV) e digestão prejudicada.
O resultado é um organismo mais “ligado”, mas também mais vulnerável ao desgaste e à fadiga.
Alterações no metabolismo energético
Durante o uso dessas medicações, o corpo tende a usar mais gordura como combustível e menos carboidrato.
Embora isso pareça vantajoso à primeira vista, durante exercícios de alta intensidade, que dependem de energia rápida, a capacidade de usar carboidratos cai.
A analogia é simples: o atleta vira um carro “econômico”, ótimo em trajetos longos e planos, mas que “sofre” nas subidas ou momentos que exigem potência. Isso leva à queda de desempenho em treinos e provas intensas.
Perda de massa muscular e impacto na performance
A perda de peso proporcionada por essas drogas não vem só da gordura. Entre 20% e 40% da massa perdida pode ser massa magra, o que inclui músculo.
Menos músculo significa menos força por passada, pedalada ou braçada, pior rendimento em subidas e até maior risco de lesão.
Ou seja, o atleta pode até ficar mais leve, mas não necessariamente mais forte ou mais rápido.
Baixa disponibilidade energética e consequências hormonais
Quando o uso dessas medicações é combinado com dieta restritiva e alto volume de treino, há grande risco de baixa disponibilidade energética, o que conhecemos como Síndrome da Deficiência Energética Relativa no Esporte (RED-S).
Isso desencadeia um “modo de economia” no corpo, reduzindo funções vitais.
Em mulheres, pode causar amenorreia (interrupção do ciclo menstrual); em homens, queda de testosterona e redução de libido.
Os sintomas vão de queda de energia e força a pior recuperação, sono ruim e mais lesões.
O olhar das agências esportivas
A Agência Mundial Antidoping (WADA) já incluiu drogas como a semaglutida na lista de substâncias sob monitoramento.
Ainda não são proibidas, mas estão sendo estudadas por seus possíveis efeitos de vantagem competitiva e riscos à saúde.
O uso, portanto, não é ético nem seguro sem supervisão médica rigorosa.
Considerações finais
Essas medicações têm indicações clínicas válidas, inclusive para alguns atletas com condições específicas.
No entanto, o uso indiscriminado e sem acompanhamento pode prejudicar tanto a saúde quanto a performance.
O ponto central é: em esportes, pesar menos não significa performar melhor.
Energia, força e recuperação são pilares fundamentais para evoluir com segurança.
Mensagem final
Não está contraindicado, mas também não deve ser feito por conta própria.
Procure uma equipe multidisciplinar (médico, nutricionista e treinador) antes de qualquer decisão.
No fim, estar forte e saudável vale mais do que apenas pesar menos.
Escute aqui o áudio original da Dra. Gabriela Prado
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Sofia
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