Tomar hormônio para ganhar massa magra prejudica a longevidade?
Pelo Dr. André Rizzuti
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Tempo de leitura: ~ 3 minutos e 03 segundos
Tomar hormônio com finalidade de ganhar massa magra (não reposição), vai necessariamente contra a longevidade?
No final da edição você encontra o áudio original do Dr. André Rizzuti ;)
O que são hormônios?
Os hormônios anabólicos androgênicos (classe que envolve a testosterona e lipidogramatros hormônios que vocês habitualmente ouvem falar, como nandrolona, oxandrolona, estanozolol, oximetolona e afins) foram desenvolvidos a partir da década de 1940 e tinham como objetivo primário o auxílo no ganho e/ou manutenção da massa magra em pacientes com quadros consumptivos. Quadros onde havia grande fragilidade, principalmente em decorrência de alguma doença.
Efeito em pessoas saudáveis
Na ausência de doença e na vigência de estímulo físico e aporte calórico, esses androgênios, como podemos chamá-los, têm um efeito expressivo na construção de massa magra.
No entanto, a grande maioria dos hormônios, fora do contexto de reposição de testosterona, não possui uma gama tão grande de estudos de longo prazo e com as doses que comumente são utilizadas nos meios fitness.
Diferença entre uso clínico e uso no meio fitness
Aqui entramos em um ponto crucial para todos: diferenciar o uso clínico do uso como é feito no meio fitness.
Além da reposição de testosterona no homem, nas mulheres a testosterona não entra conceitualmente como reposição, mas tem seu espaço em alguns cenários, como o desejo sexual hipoativo e outros, onde as doses estudadas, dentro de uma margem específica, se mostram seguras e bem toleradas.
Situações clínicas de uso em mulheres
Outros hormônios, como a nandrolona (deca-durabolin), ainda vendida em farmácia e com indicação na bula como opção alternativa, também para mulheres, em quadros como osteoporose/osteosarcopenia, mulheres com doenças autoimunes em uso crônico de corticoides com baixa massa magra e dificuldade de ganho.
Nesses casos, outros hormônios, como a oxandrolona, também podem ter seu espaço clinicamente. Além da testosterona, esses dois últimos mencionados são os que possuem maior quantidade e qualidade de estudos clínicos.
Uso estético e riscos associados
Já nos outros cenários, na ausência de doença, os hormônios acabam tendo essa influência mais estética e performática e, como mencionei no áudio, quanto maior a dose, maior o tempo de duração e as características individuais de cada um, maiores os possíveis riscos a que cada um se expõe. Esses riscos costumam ser ditos de forma generalizada, mas são bem estudados, sendo os cardiovasculares os mais relevantes.
Principais riscos à saúde e à longevidade
Já discutimos aqui como o cardiovascular é um dos principais pilares da longevidade. Sabemos que infartos e AVCs são alguns dos principais motivos de morbimortalidade. Alterações no lipidograma, nas proporções de HDL/LDL, na função do músculo cardíaco, na pressão arterial, tudo isso pode acontecer em algum grau. Impactos na fertilidade e em outros tecidos também acontecem.
Pele e cabelo são os tecidos mais sensíveis em que vocês podem observar bem esse efeito, com aumento da oleosidade, acne e pilosidade (comum em mulheres quando se expõem de forma errada a algum androgênio), o que chamamos de virilização.
Hormônios e expectativa de vida
Portanto, por mais que existam muitas nuances dentro do aspecto da “redução da longevidade” no uso de hormônios com finalidades não clínicas, entendemos que, para quem busca viver mais, o uso deles pode ir na contramão. Na outra ponta, na vigência de alguma condição de saúde que seja deletéria para o sistema osteomuscular (principalmente), se bem empregados, eles podem ser aliados da longevidade.
Conteúdo adicional
Gravei recentemente com o Renato Tomioka um episódio mais completo sobre esse tema que, para aqueles com maior interesse, merece mais aprofundamento para entenderem bem, afinal, como todo assunto polêmico, temos muita distorção de informação.
Escute aqui o Dr. André Rizzuti
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Sofia
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