Por que descansar não necessariamente melhora sua dor lombar?
Pelo Rafa Lund
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Tempo de leitura: ~ 5 minutos e 34 segundos
Nova especialista no club!
Se você está lendo isso as 7:02, você está descobrindo nossa nova especialista em primeira mão!
Bem vinda, Patricia De Faria! 💯
Vocês pediram bastante uma nutricionista no time… e a gente ouviu.
Então hoje, a Pati entra oficialmente como nossa nova especialista aqui no Club!
A Pati é nutricionista e especialista em comportamento alimentar, e o que mais nos chamou atenção no trabalho dela é exatamente o que sempre buscamos aqui: zero terrorismo nutricional, zero exagero… e muita clareza, prática e humanidade.
Acho que vocês vão gostar muito da forma como ela enxerga nutrição no longo prazo.
Quer conhecer mais? Siga ela aqui!
Curadoria da semana
Por que descansar não necessariamente melhora sua dor lombar?
Pelo Rafa Lund
Aqui você pode ouvir o áudio original do Rafa!
Resumo
A ideia de que dor lombar precisa de repouso ainda é muito comum, mas a ciência mostra o contrário.
A dor aguda até pode exigir alguns dias de cuidado, mas depois disso o movimento se torna parte fundamental do tratamento. A dor persistente não melhora parando: ela melhora quando você reconstrói sua capacidade.
Isso acontece porque a dor não depende só de músculos ou articulações, mas também de estresse, sono, demandas do dia a dia e do quanto seu corpo está preparado para a carga que você coloca sobre ele. Quando a demanda ultrapassa sua capacidade, a dor aparece, mesmo que você “não tenha feito nada demais”.
O ponto central é simples: exercício é tratamento, não inimigo. E entender a relação entre capacidade, demanda e contexto de vida muda completamente a maneira como você lida com a dor lombar.
Conteúdo Completo
Durante muito tempo acreditamos que dor lombar significava repouso obrigatório e que fortalecer o abdômen era a única saída.
A ciência mostrou que isso não é verdade.
O movimento é fundamental, e entender como a dor funciona pode mudar completamente a forma como você lida com ela.
Primeiro, vamos diferenciar dois cenários:
Existe a dor aguda, aquela que chega de repente, quase paralisante, que pode exigir alguns dias de cuidado e estratégias para aliviar o desconforto como liberação miofascial ou ajustes na rotina.
Mas depois dessa fase inicial, o movimento volta a ser protagonista.
Já a dor persistente (que antes chamávamos de crônica) é aquela que insiste em ficar, e é aí que muita gente trava pensando que precisa parar de treinar até “curar”. Não precisa. Na verdade, é o contrário: você treina exatamente para resolver a dor.
A literatura é clara: não existe um protocolo mágico. Estudos compararam exercícios de core com caminhada ou bike e mostraram que, no longo prazo, o que importa é se movimentar.
Seu corpo tem uma farmacinha interna que é ativada pelo movimento, e ficar parado é pior do que qualquer exercício que você possa fazer.
O exercício libera substâncias, chamadas de Miocinas, que atuam em diversos órgãos e sistemas, dentre eles no SCN minimizando a sensação de dor.
Agora vem a parte mais importante: entender a dor através do modelo biopsicossocial. Isso significa que a dor não é só “biológica” (uma estrutura machucada), ela também é influenciada por fatores psicológicos (seu nível de estresse, ansiedade, qualidade do sono) e sociais (pressões do trabalho, relações familiares, contexto de vida).
Quando você está estressado, dormindo mal ou em dieta restritiva, sua capacidade de suportar demanda diminui. É como se o copo da sua resiliência ficasse menor, e qualquer aumento de carga pode transbordar em forma de dor.
Pense sempre na relação entre capacidade e demanda.
Se você sai do sofá direto para correr uma hora, seis vezes por semana, a demanda vai explodir sua capacidade.
Mas se você progride aos poucos — 10 minutos, depois 15, depois 20 — seu corpo se adapta.
O mesmo vale para o treino de força: ele aumenta sua capacidade, tornando você mais resiliente.
Por isso o exercício é tratamento, não inimigo.
Fatores como déficit calórico, estresse emocional, sono ruim e sobrecarga de trabalho reduzem sua capacidade de forma silenciosa. Você pode estar treinando do mesmo jeito de sempre, mas se sua vida mudou, sua tolerância também mudou. E é por isso que a dor aparece — não porque você fez algo “errado”, mas porque a demanda ultrapassou o que você conseguia sustentar naquele momento.
O caminho prático é simples: minimize a dor aguda quando necessário, volte ao movimento o quanto antes, progrida de forma inteligente e construa capacidade através do fortalecimento geral do corpo.
Não existe músculo mágico que você precise fortalecer obrigatoriamente. Existem estratégias inteligentes que respeitam sua individualidade e seu contexto de vida.
A mensagem final é essa: movimento é saúde, é vida, é longevidade. E você não precisa esperar a dor passar para treinar. Você treina para que a dor passe.
Olhem qual foi a intervenção que mais reduziu a incidência de lesões no esporte:
Para quem quiser se aprofundar
Eu gravei um vídeo bem interessante sobre DOR de forma geral:
Ouça aqui o áudio original do Rafa Lund 👇
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Sofia
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